O Salmo 116 é conhecido, lido e compreendido como a afirmação de que podemos invocar a Deus, e que Ele, através da sua onipresença, onipotência e onisciência, ouve as orações e súplicas de todas as pessoas, de qualquer lugar, em todos os momentos.
Aliás, é isso que podemos entender dos versículos 1 e 2 do Salmo 116:
“Eu amo o Senhor, porque ele ouve a minha voz e as minhas súplicas. Porque ele inclina o ouvido a mim, eu o invocarei enquanto viver”.
Estes dois versículos são extremamente ricos para a nossa compreensão de invocar a Deus e deve ser trabalhado no processo de discipulado.
Certamente temos afirmações de que Deus nos ouve (porque ele ouve a minha voz), de que Ele entende nossa insistência, submissão e pedidos (as minhas súplicas), que demonstra interesse pelos nossos sentimentos (porque ele inclina o ouvido a mim) e que está disponível até o final de nossas vidas (eu o invocarei enquanto viver).
Nosso Deus é acessível e receptivo às orações de quem o ama e se achega em humildade, recorrendo e pedindo a Ele conforme a urgência de nossos corações.
Mas, como é possível invocar um Deus que nos ouve, nos entende, que se interessa e que está conosco até o último dia de nossas vidas?
Este é o assunto deste conteúdo.
O que significa invocar a Deus na Bíblia?
A palavra hebraica usada para invocar significa “bradar”, “clamar”, “gritar”.
Já a palavra grega usada para invocar significa “invocar uma pessoa”, “chamar uma pessoa pelo nome”.
Em outras palavras, é chamar audivelmente uma pessoa pelo nome, com o objetivo de pedir a sua atenção.
Além disso, na Bíblia, em diversos momentos, encontramos pessoas invocando a Deus em momentos que a Sua atenção era exigida, seja para orar, entender Sua Palavra, expressar adoração, por necessidade, risco ou pecado. Os exemplos são diversos.
Logo, entendemos que invocar está diretamente relacionado ao ato de verbalizar em alta voz o nome do Senhor, pedindo humildemente a Sua atenção, para que Ele se incline para nos ouvir.
Ademais, no Salmo 166 que citamos na introdução, encontramos uma pessoa confiante em invocar a Deus durante toda a sua vida, o que pode ser visto como um ato de fé, reconhecendo a soberania e poder de Deus por toda a eternidade.
O que a Bíblia fala sobre invocar Deus?
A Bíblia relata, em diferentes livros e épocas, pessoas como eu e você invocando a Deus.
Por exemplo, além do Salmo 116, encontramos no Salmo 105:1-2 outra invocação a Deus, que diz:
“Louvai ao SENHOR, invocai o seu nome; fazei conhecido entre os povos as suas obras. Cantai-lhe, salmodiai-lhe, falai de todas as suas maravilhas”
Isso mostra que invocar a Deus é também uma forma de louvá-lo e de dar glória a Ele.
Além disso, em João 14:13-14, Jesus diz:
“E tudo quanto pedirdes em meu nome, isso farei, para que o Pai seja glorificado no Filho. Se me pedirdes alguma coisa em meu nome, eu a farei.”
Tanto no Antigo como no Novo Testamento, temos que invocar o nome de Deus é uma forma de pedir ajuda ou bênção, e que Ele está disposto a ouvir e responder as orações dos que o invocam.
É possível encontrar a palavra invocação nos livros de Gênesis, Êxodo, Deuteronômios,Números, Crônicas, Salmos, Jó, Isaías, Jeremias, Sofonias, Lamentações, Samuel, Reis, Provérbios, Atos, Timóteo, Romanos…
Somente no Knowing Jesus, é possível encontrar uma lista com 58 Versículos Bíblicos sobre Invocar a Deus, incluindo os deuterocanônicos.
De maneira geral, o que a Bíblia fala sobre invocar a Deus é amplamente validada pelas dezenas de versículos, de vários livros sagrados, mostrando claramente pessoas como eu e você, invocando a Deus como forma de buscar orientação e apoio, reconhecendo a Sua soberania e poder.
Assim, compreendemos que Ele é acessível e disposto a ouvir e responder o clamor de seus filhos.
Como fazer para invocar Deus?
Na Bíblia, não temos uma passagem onde alguém ensina sobre como invocar a Deus, semelhante ao como orar, ensinado por Jesus aos seus apóstolos em Lucas 11:1-4.
Desta forma, como fazer para invocar a Deus pode ser aprendido através da observação dos contextos e ações adotadas pelas pessoas que o invocaram nestas passagens.
Porque o fizeram? Qual era o contexto? Como fizeram? Deus retornou?
Desta forma, identificamos 6 práticas sobre como fazer para invocar a Deus, conforme exemplos bíblicos:
- Oração
- Leitura e Meditação
- Adoração
- Serviço
- Jejum
- Arrependimento
Continue lendo para aprender mais sobre todos eles.
1. Invocação a Deus pela Oração
A oração é um elemento fundamental no nosso relacionamento com Deus. É a principal forma como invocamos Ele e expressamos nossas necessidades, desejos, gratidão e arrependimento.
Assim, a oração é uma forma mais comum de invocar a Deus, onde nos comunicamos com Ele através de palavras faladas ou escritas, de modo formal ou informal, individuais ou coletivas, mas sempre com temor.
Em Identidade em Cristo: 18 Aplicações Práticas para o Dia a Dia, lemos sobre a prática de Jesus orar constantemente, como no seu batismo, num lugar solitário, a noite inteira, antes e depois de se alimentar, antes da sua transfiguração no monte, antes de ressuscitar Lázaro, pelos pequeninos, no templo, pelo outros e na cruz.
Jesus mesmo orientou:
“Mas quando você orar, vá para seu quarto, feche a porta e ore a seu Pai, que está no secreto. Então seu Pai, que vê no secreto, o recompensará” (Mateus 6:6).
Assim, ao entrar no seu quarto para orar, brade em voz alta as suas súplicas.
De forma humildade, sincera e com o coração aberto, converse com Deus.
Ele certamente inclinará seu ouvido a você também.
Como invocar a Deus pela oração?
- Ore com humildade: A humildade é uma virtude importante na oração, e a Bíblia destaca isso em vários versículos, como em Tiago: “Antes, ele dá maior graça. Portanto diz: Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes” (Tiago 4:6). Este versículo nos lembra de que devemos orar com humildade, reconhecendo nossa dependência de Deus.
- Ore com fé: A fé é outro aspecto importante da oração. Em Hebreus, está escrito: “Ora, sem fé é impossível agradar-lhe; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe, e que é galardoador dos que o buscam” (Hebreus 11:6). Este versículo destaca a importância de invocar a Deus na oração com fé, acreditando que Ele existe e que atua na nossa vida.
- Ore com persistência: A persistência é outra virtude importante na oração. Em Lucas 18:1-8, há a parábola do juiz injusto e da viúva persistente, que nos ensina a orar com persistência. Este versículo destaca a importância de orar com persistência, mantendo consistência, mesmo quando parece que Deus não está respondendo.
- Ore com gratidão: A gratidão é outro aspecto importante da oração. Em Filipenses: “Não estejais inquietos por coisa alguma; antes as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus pela oração e súplica, com ação de graças” (Filipenses 4:6). Este versículo nos lembra de orar com gratidão, agradecendo a Deus por tudo o que ele fez e faz em nossas vidas (ver Devocional)
- Ore com sinceridade: A sinceridade é outro aspecto importante de invocar a Deus na oração, até porque Deus já conhece nossos corações. Além disso, Tiago nos orienta: Cobiçais, e nada tendes; matais, e sois invejosos, e nada podeis alcançar; combateis e guerreais, e nada tendes, porque não pedis. Pedis, e não recebeis, porque pedis mal, para o gastardes em vossos deleites” (Tiago 4:2-3). É importante ter um coração sincero e humilde ao orar, e da forma correta.
Caso você queira entender se faz diferença orar em grupo ou não, recomendamos abrir o link para um vídeo do Pr. Yago Martins.
Invocar a Deus através da Leitura e Meditação da Sua Palavra
A meditação é outra forma de se conectar com Deus, onde nos concentramos na leitura da Sua Palavra e silenciamos em meditação para ouvirmos a voz de Deus.
Em Meditando o Evangelho de Hoje: Um Guia Prático, expomos 10 orientações práticas sobre Como Meditar na Palavra de Deus.
E assim, da mesma forma como colocamos lá, é preciso entender a importância e a verdadeira base para meditarmos na Palavra, acompanhe:
“Somente seja forte e muito corajoso! Tenha o cuidado de obedecer a toda a lei que o meu servo Moisés lhe ordenou; não se desvie dela, nem para a direita nem para a esquerda, para que você seja bem sucedido por onde quer que andar. Não deixe de falar as palavras deste Livro da Lei e de meditar nelas de dia e de noite, para que você cumpra fielmente tudo o que nele está escrito. Só então os seus caminhos prosperarão e você será bem sucedido”. (Josué 1:7-8).
Nesta passagem, Deus dá todos os elementos para uma vida cristã próspera e bem sucedida: meditar de dia e de noite, para não se desviar.
Ao meditarmos na Palavra de Deus, invocamos Deus para um relacionamento de aprendizado, sabedoria e prosperidade.
Deus ensinará a ti seus mandamentos, você conhecerá a sua justiça, o seu amor e todos os seus atributos, de uma forma incrivelmente reveladora e fantástica.
Adoração e Louvor: Característica de quem Ama a Deus
A adoração e o louvor são outras formas de invocar a Deus e de se aproximar Dele.
Curiosamente, são duas palavras que se relacionam entre si. Adorar é uma expressão de afeto, de carinho, de homenagem ou submissão. Enquanto que Louvor é enaltecer com palavras, elogiar, declarar-se.
Como exemplo, a Bíblia frequentemente menciona pessoas adorando e louvando a Deus. A primeira passagem bíblica que indica isso está neste Salmo:
Aclamem o Senhor todos os habitantes da terra! Prestem culto ao Senhor com alegria; entrem na sua presença com cânticos alegres” (Salmos 100:1-2).
Também encontramos em Salmos:
“Aleluia! Louvem a Deus no seu santuário; louvem a Deus no firmamento, obra do seu poder.
Louvem-no pelos seus poderosos feitos; louvem-no segundo a sua imensa grandeza.
Louvem-no ao som da trombeta; louvem-no com harpas e liras.
Louvem-no com tamborins e danças; louvem-no com instrumentos de cordas e com flautas.
Louvem-no com címbalos sonoros; louvem-no com címbalos retumbantes.
Todo ser que respira louve o Senhor . Aleluia!” (Salmos 150:1-6).
Portanto, é possível invocar a Deus através de cânticos, hinos, dança, canto, música.
Além disso, a Bíblia também ensina outra forma de adoração. Veja:
“Não estejais inquietos por coisa alguma; antes as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus pela oração e súplica, com ação de graças” (Filipenses 4:6).
Dar ação de graças a Deus é uma forma de expressar gratidão e reconhecimento pelas bênçãos e presentes que Ele nos dá.
E essa gratidão e reconhecimento envolve também todas as demais formas aqui citadas, como a oração, a meditação, o louvor, o serviço e o jejum.
Aplicação Prática:
A adoração e louvor devem ser acompanhados por uma atitude de coração alegre e gratidão. Quando servimos a Deus com alegria, podemos experimentar Sua presença de uma maneira mais poderosa. Por isso, procure:
- Dedique tempo diário para adorar e louvar a Deus.
- Encontre música ou hinos que lhe toquem o coração e os use como uma forma de adoração.
- Busque oportunidades para servir a Deus com alegria.
- Ore pedindo a Deus que lhe dê uma atitude de coração alegre e gratidão enquanto você o adora.
Serviço: A Fé sem Obras é Morta
Servir aos outros é outra forma de invocar a Deus. Isso porque servir é a ação de quem ama.
Na primeira carta que Paulo redigiu aos cristãos, encontramos a seguinte afirmação:
“Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade. Não useis então da liberdade para dar ocasião à carne, mas servi-vos uns aos outros pelo amor. Porque toda a lei se cumpre numa só palavra, nesta: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo” (Gálatas 5:13-14).
Ademais:
“Porque, assim como o corpo sem o espírito está morto, assim também a fé sem obras é morta” (Tiago 2:26).
Tantos os versículos de Gálatas, como o versículo de Tiago, tratam do mesmo assunto, mas de perspectivas diferentes.
O primeiro, enfatiza que é através do amor que servimos. Isso é uma extensão da verdadeira fé, que produz amor, e se amamos, servimos a Deus e ao próximo.
O segundo, confirma o primeiro. Justifica que a fé sem obras, ou seja, amor sem ações, é inútil e sem valor, é uma crença ou declaração de crença que não é acompanhada pelo serviço a Deus e ao próximo.
Amor que não se reflete na vida das pessoas e não tem nenhum impacto real, é imaginária. Deus não nos convida a imaginar o amor, ele nos convida a viver o verdadeiro amor.
Aquele amor que, como escreveu Paulo:
“O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece. Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade; Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta” (1 Coríntios 13:4-7).
Trabalhe a favor do Evangelho e para ajudar ao próximo, e Deus estará contigo.
Jejum: Obediência e Valor
Jejuar significa abster-se voluntariamente de alimentos ou outras coisas por um período de tempo determinado, com o objetivo de buscar a Deus e obter um relacionamento mais profundo com ele.
Aliás, jejuar é mais do que simplesmente abster-se de comida. É uma forma de sacrificar nossas necessidades físicas básicas, aprendendo a lidar com o desejo de saciar-se mesmo tendo alimento por perto.
Assim, o jejum é não somente trabalhar o controle dos nossos desejos, mas é também uma forma de expressarmos nossa dependência e necessidade de Deus, e de buscarmos Sua orientação e força em nossas vidas.
O jejum é uma prática antiga, e na própria Palavra de Deus vemos muitos exemplos de pessoas que jejuaram, incluindo Jesus e seus discípulos. Ele mesmo nos ensinou:
“E, quando jejuardes, não vos mostreis contristados como os hipócritas; porque desfiguram os seus rostos, para que aos homens pareça que jejuam. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão. Tu, porém, quando jejuares, unge a tua cabeça, e lava o teu rosto, para não pareceres aos homens que jejuas, mas a teu Pai, que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará publicamente” (Mateus 6:16-18).
Além disso, no livro de Joel, encontramos uma passagem que enfatiza a importância do jejum como um meio para buscarmos a Deus:
“Ainda assim, agora mesmo diz o Senhor: Convertei-vos a mim de todo o vosso coração; e isso com jejuns, e com choro, e com pranto. E rasgai o vosso coração, e não as vossas vestes, e convertei-vos ao Senhor vosso Deus; porque ele é misericordioso, e compassivo, e tardio em irar-se, e grande em benignidade, e se arrepende do mal” (Joel 2:12-13).
O jejum também é uma forma de nos ajudar a nos concentrar nas coisas espirituais e de nos ajudar a resistir às tentações do mundo. Lembremos de Jesus, que jejuou por 40 dias no deserto e resistiu às tentações do diabo.
Entretanto, para finalizar, jejuar não é um mandamento, embora seja algo esperado por Jesus, como compreendemos neste vídeo sobre Jesus Nunca Mandou Jejuar? O que a Bíblia diz?.
Como Jejuar corretamente?
Certamente, é importante prestar atenção nesta prática para invocar a Deus, pois ela requer algumas orientações.
- Tenha um objetivo claro: Defina o motivo pelo qual você está jejuando e o que espera alcançar. Isso o ajudará a manter o foco durante o jejum.
- Prepare-se adequadamente: Antes de iniciar o jejum, prepare-se nutrindo-se adequadamente e bebendo muita água para evitar desidratação.
- Comece devagar: Se você é novo no jejum, comece com períodos curtos e aumente gradualmente o tempo conforme se sentir confortável, como por exemplo, iniciando com jejum de 8 horas, depois de 12 horas e assim por diante.
- Tenha disciplina: Durante o jejum, evite pensar em comida ou distrações que possam desviar sua atenção. Mantenha-se concentrado em sua relação com Deus.
- Busque ajuda espiritual: Peça orientação a um líder espiritual ao seu Pastor ou liderança para ajudá-lo a manter o foco e a compreender melhor o propósito do jejum antes, durante e depois o jejum.
- Oração e meditação: Durante o jejum, dedique tempo à oração e à meditação sobre a Palavra de Deus. Isso ajudará a alimentar sua relação com ele.
- Encerre o jejum de maneira saudável: Quando o jejum terminar, é importante retomar a alimentação de forma gradual e equilibrada para evitar problemas de saúde.
Lembre-se também de obter previamente o conselho do seu médico. Existem doenças onde a abstinência de alimentos por um longo período pode agravar a situação. Invoque a Deus com consciência.
Arrependimento dos Pecados
Confessar e arrepender-se dos pecados é uma forma de invocar a Deus.
Assim, através da invocação para arrependimento dos pecados, estamos reconhecendo diante Dele nossas transgressões e afirmando nossa dependência Nele, não apenas para nos livrar do peso do pecado, mas para receber o perdão por meio do sangue de Cristo Jesus.
Desta forma, Jesus mesmo deixou claro a satisfação de Deus em um pecador arrependido:
“Digo-vos que assim haverá alegria no céu por um pecador que se arrepende, mais do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento” (Lucas 15:7).
Este versículo em especial destaca a importância do arrependimento e da confissão para que possamos ter alegria no céu e ser perdoados por Deus.
E como invocar a Deus para arrependimento dos pecados?
- Arrependa-se: Antes de confessar nossos pecados a Deus, precisamos nos arrepender deles. Isso significa ter um coração contrito e um espírito humilde e arrependido. Está escrito: “O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a têm por tardia; mas é longânimo para conosco, não querendo que alguns se percam, senão que todos venham a arrepender-se” (2 Pedro 3:9). Este versículo destaca a paciência de Deus e a importância de nos arrependermos antes de confessarmos nossos pecados.
- Seja específico: Quando confessamos nossos pecados a Deus, é importante ser específico e não apenas dizer coisas genéricas. Está escrito: “Lava-me completamente da minha iniqüidade, e purifica-me do meu pecado. Porque eu conheço as minhas transgressões, e o meu pecado está sempre diante de mim” (Salmos 51:2-3). Este versículo destaca a importância de reconhecer nossos pecados e ser específico na nossa confissão.
- Ore com sinceridade: Quando confessamos nossos pecados a Deus, precisamos fazê-lo com sinceridade e humildade. Jesus mostrou uma importante lição aqui: “Dois homens subiram ao templo, para orar; um, fariseu, e o outro, publicano. O fariseu, estando em pé, orava consigo desta maneira: Ó Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros; nem ainda como este publicano. Jejuo duas vezes na semana, e dou os dízimos de tudo quanto possuo. O publicano, porém, estando em pé, de longe, nem ainda queria levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, tem misericórdia de mim, pecador! Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não aquele; porque qualquer que a si mesmo se exalta será humilhado, e qualquer que a si mesmo se humilha será exaltado” (Lucas 18:10-14). Este versículo destaca a importância de orar com sinceridade e humildade.
- Peça perdão: Quando invocarmos a Deus para confessarmos nossos pecados, precisamos pedir perdão, como encontramos em 1 João: “Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós. Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça. Se dissermos que não pecamos, fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra não está em nós” (1 João 1:8-10). Este versículo destaca a fidelidade e a justiça de Deus em perdoar nossos pecados, desde que confessados.
- Busque mudanças: Quando confessamos nossos pecados a Deus, precisamos buscar mudanças em nossas vidas. Em Atos está escrito: “Antes anunciei primeiramente aos que estão em Damasco e em Jerusalém, e por toda a terra da Judéia, e aos gentios, que se emendassem e se convertessem a Deus, fazendo obras dignas de arrependimento” (Atos 26:20). Este versículo destaca a importância de mudar nossos caminhos e comportamentos após a confissão.
- Agradeça a Deus: Depois de invocar a Deus e confessarmos nossos pecados diante Dele e pedirmos perdão, é importante agradecer a ele por sua graça e perdão. Leia: “Bem-aventurado aquele cuja transgressão é perdoada, e cujo pecado é coberto. Bem-aventurado o homem a quem o Senhor não imputa maldade, e em cujo espírito não há engano” (Salmos 32:1-2). Este versículo destaca a bênção da perdão de Deus e a importância de agradecer.
Em resumo, confessar nossos pecados a Deus é uma forma de reconhecer nossa dependência dele, reconstruir nossa relação com ele, nos livrar do peso do pecado, cultivar humildade e receber perdão. Portanto, a confissão deve ser uma prática constante em nossas vidas.
Precisamos invocar a Deus para pedirmos perdão.
Conclusão
Nosso Deus é um Deus vivo.
A lista com 6 Formas Bíblicas de Invocar a Deus nas Nossas Vidas não se limita as seis citadas.
Assim, o amor e a devoção a Deus podem ser expressas (e não limitadas) através da oração, leitura e meditação, adoração, serviço, jejum e arrependimento dos pecados.
Que Deus é acessível e receptivo às orações daqueles que o ama, de modo que a nossa fé Nele nos ajuda a superar as dificuldades, bem como a gratidão é um sentimento apropriado para expressar a Deus.
Por fim, o amor por Deus deve nos motivar a invocá-lo enquanto vivermos.
Que a paz do Senhor esteja convosco.