Gálatas 1:4 - Sacrifício de Cristo
Em Gálatas 1:4, Paulo afirma que Jesus Cristo “se entregou a si mesmo pelos nossos pecados, para nos resgatar deste mundo mau, segundo a vontade de nosso Deus e Pai” (NAA).
Este versículo é teologicamente profundo e central para a compreensão da obra redentora de Cristo e da missão cristã.
Primeiramente, a frase “se entregou a si mesmo” (δόντος ἑαυτὸν) em Gálatas 1:4 sublinha a voluntariedade do sacrifício de Cristo. Ele não foi compelido a se sacrificar; em vez disso, fez isso de forma voluntária e deliberada.
Em João 10:17-18, Jesus declara: “Por isso, o Pai me ama, porque dou a minha vida para a retomar. Ninguém a tira de mim, mas eu a dou por minha própria vontade. Tenho autoridade para a dar e para a retomar.”
Este ato voluntário é um testemunho do amor e da obediência de Cristo ao plano redentor de Deus.
A expressão “pelos nossos pecados” (ὑπὲρ τῶν ἁμαρτιῶν ἡμῶν) em Gálatas 1:4 aponta para a natureza expiatória do sacrifício de Cristo.
Ele se ofereceu como um sacrifício substitutivo, carregando os pecados da humanidade para que pudéssemos ser reconciliados com Deus.
Isaías 53:5 profetiza isso: “Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões e esmagado por causa das nossas iniquidades; o castigo que nos trouxe paz estava sobre ele, e pelas suas feridas fomos sarados.”
Este é o fundamento da doutrina da justificação pela fé, onde a justiça de Cristo é imputada aos crentes.
A frase “para nos resgatar deste mundo mau” (ἵνα ἐξέληται ἡμᾶς ἐκ τοῦ αἰῶνος τοῦ ἐνεστῶτος πονηροῦ) aqui em Gálatas 1:4 revela a dimensão escatológica da salvação.
O termo “resgatar” (ἐξέληται) implica em uma libertação ou resgate de uma condição de escravidão ou perigo.
Este mundo mau refere-se ao sistema corrupto e pecaminoso que domina a era presente.
Em Colossenses 1:13, Paulo escreve: “Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do seu amor.”
A salvação, portanto, não é apenas um perdão de pecados, mas uma transferência para um novo reino e uma nova realidade espiritual.
A cláusula “segundo a vontade de nosso Deus e Pai” (κατὰ τὸ θέλημα τοῦ θεοῦ καὶ πατρὸς ἡμῶν) em Gálatas 1:4 enfatiza que a redenção é conforme o plano soberano de Deus.
Não é um evento aleatório, mas parte de um propósito eterno.
Em Efésios 1:4-5, Paulo diz: “Porque Deus nos escolheu nele antes da criação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis em sua presença.
Em amor nos predestinou para sermos adotados como filhos, por meio de Jesus Cristo, conforme o bom propósito da sua vontade.” Este plano soberano inclui tanto a obra redentora de Cristo quanto a nossa santificação e glorificação final.
Um mito comum ou erro de significado relacionado a esta passagem em Gálatas 1:4 é a ideia de que o sacrifício de Cristo foi um simples ato de martírio ou um exemplo moral.
Esta visão secularizada minimiza a natureza expiatória e substitutiva do sacrifício, transformando-o em um mero gesto de amor altruísta sem implicações teológicas profundas.
Em nossa natureza depravada, há uma tendência de rejeitar a necessidade de um sacrifício expiatório, preferindo ver Cristo apenas como um grande professor ou um mártir. Isto distorce a verdade do Evangelho e subverte a gravidade do pecado e a magnitude da redenção.
Em 1 Coríntios 1:18, Paulo adverte: “Certamente, a palavra da cruz é loucura para os que se perdem, mas para nós, que somos salvos, é o poder de Deus.”
Portanto, Gálatas 1:4 é uma declaração rica que encapsula a essência do Evangelho: o sacrifício voluntário de Cristo pelos nossos pecados, o resgate deste mundo mau e a conformidade com a vontade soberana de Deus.
Esta passagem, quando corretamente entendida, nos leva a uma apreciação mais profunda da obra redentora de Cristo e da soberania de Deus na história da salvação.
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