No mar de informações, opiniões e julgamentos que o mundo apresenta, encontrar nossa verdadeira identidade pode ser um desafio. Nós, como cristãos, acreditamos que nossa verdadeira identidade em Cristo vai além de nossas profissões, títulos ou mesmo de nossas realizações pessoais.
E lembrando que este estudo faz parte da nossa Membresia onde estamos explorando, de forma semelhante a este estudo, focando na construção da nossa Identidade em Cristo via discipulado, bem como temas de adoração, devocionais, estudos bíblicos, teologia, igreja, dons, talentos, com certificados de conclusão. Vêm e vê aqui.
Mas, o que significa exatamente ter uma identidade em Cristo?
Em Cristo, somos filhos amados de Deus, justificados, santificados, e destinados a uma vida eterna com Ele. Essa identidade vai além do que podemos ver e tocar: é uma realidade espiritual que transborda em nossa vida cotidiana. Como Paulo nos ensina em 2 Coríntios 5:17:
“Em Cristo, somos novas criaturas; as coisas antigas já passaram e tudo se fez novo.”
Assim, nossa identidade em Cristo é a percepção de quem realmente somos, segundo o olhar de Deus e sua revelação na Bíblia, a partir do momento em que nascemos de novo no batismo e aceitamos ,de livre e espontânea vontade, Jesus como nosso Senhor e Salvador.
Entender nossa identidade em Cristo é essencial, pois impacta diretamente nossa vida espiritual, emocional e até mesmo física. Ela define como interagimos com Deus, com os outros e conosco mesmos. Ela molda nossas crenças, valores e ações.
Neste artigo, exploraremos mais profundamente o conceito de identidade em Cristo.
Primeiramente, vamos discutir o significado de identidade e sua relevância em nossa vida.
Em seguida, faremos uma análise da identidade de Jesus conforme as escrituras.
Por fim, traremos algumas reflexões finais e práticas sobre como viver consistentemente de acordo com nossa identidade em Cristo.
Caso deseje comentar, tirar dúvidas ou apontar erros, comente aqui.
Prepare-se para uma jornada de descoberta e crescimento espiritual.
O que significa identidade?
Em primeiro lugar, devemos considerar o que entendemos por identidade.
A identidade é geralmente entendida como o conjunto de componentes de características, crenças, valores, experiências pessoais, habilidades, talentos, relacionamentos, interesses, paixões, cultura, herança e visão de mundo que nos definem unicamente como indivíduos.
Ela está diretamente ligada à maneira como percebemos a nós mesmos e como nos posicionamos no mundo.
Para melhor compreender o conjunto de componentes que contribui para a construção de uma identidade, vejamos a tabela a seguir:
| Componente da Identidade | Exemplo |
|---|---|
| Características Físicas | Altura, peso, cor dos olhos, cor do cabelo, raça, gênero, resiliência |
| Características de Personalidade | Introvertido ou extrovertido, paciente ou impaciente, organizado ou desorganizado, criativo ou pragmático |
| Crenças | Religiosas (como cristianismo, judaísmo, islamismo, etc.), políticas (como democracia, socialismo, etc.), éticas (como o valor da honestidade, da generosidade, etc.) |
| Valores | Família, amizade, sucesso profissional, serviço à comunidade, fé religiosa |
| Experiências Pessoais | Infância, educação, carreira, casamento, paternidade/maternidade, viagens, desafios superados |
| Habilidades e Talentos | Habilidades artísticas, habilidades atléticas, habilidades matemáticas, habilidades linguísticas, habilidades interpessoais |
| Relacionamentos | Relacionamentos familiares, relacionamentos românticos, amizades, relações de trabalho |
| Interesses e Paixões | Interesses em artes, música, esportes, natureza, animais, etc. |
| Cultura e Herança | Herança étnica, tradições familiares, língua materna, costumes culturais |
| Visão de Mundo | Perspectiva filosófica, espiritualidade, otimismo/pessimismo, abertura a novas experiências |
Cada um desses componentes desempenha um papel na formação de uma identidade única.
No entanto, é importante lembrar que, para nós cristãos, a nossa identidade deve ser a identidade em Cristo, que é primordial e tem o poder de transformar e realinhar quase todos os componentes e nos trazer para mais perto do Pai. Afinal, é justamente isto que Paulo ensina em Romanos 8:29:
Pois aqueles que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos.
Assim, compreendemos que a vontade de Deus é que sejamos filhos conforme a imagem de Jesus.
Cosmovisão e Identidade
A cosmovisão é basicamente a lente através da qual vemos e interpretamos o mundo e tudo que ele contém. Ela abrange nossas crenças fundamentais sobre a vida, a moralidade, o propósito, a realidade e a verdade.
Logo, os componentes de uma identidade e a cosmovisão estão intrinsecamente ligadas, afetando diretamente como percebemos e interagimos com tudo ao nosso redor, influenciando nossos pensamentos, valores, decisões e ações.
Os componentes da identidade, como apresentados na tabela, são profundamente moldados por nossa cosmovisão.
Por exemplo:
- Nossas crenças são formadas por nossa cosmovisão. Se acreditamos em Deus, isso afetará como vemos o mundo e o lugar que ocupamos nele.
- Nossos valores são frequentemente derivados de nossa cosmovisão. Se acreditamos no valor intrínseco de cada vida humana, por exemplo, isso afetará como tratamos os outros.
- Nossas experiências pessoais são interpretadas através de nossa cosmovisão. Duas pessoas podem ter experiências semelhantes, mas interpretá-las de maneiras muito diferentes devido a suas cosmovisões distintas.
- Nossa cultura e herança têm grande influência na formação de nossa cosmovisão. Crescer em uma cultura que valoriza a comunidade acima do indivíduo, por exemplo, pode levar a uma cosmovisão mais coletivista.
- Nossa visão de mundo é basicamente uma expressão de nossa cosmovisão. Ela reflete como vemos a nós mesmos, aos outros, e ao universo como um todo.
Em resumo, nossa identidade e nossa cosmovisão são inseparáveis. Nossa identidade é moldada por nossa cosmovisão, e nossa cosmovisão é expressa através de nossa identidade.
Para os cristãos, ter uma identidade centrada em Cristo significa ter uma cosmovisão fundamentada na Bíblia e na fé cristã.
Propósito e Identidade
A identidade, a cosmovisão e o propósito de vida também estão profundamente interligados.
Por um lado, a identidade diz respeito à nossa compreensão de quem somos – nossos valores, crenças, personalidade, história e perspectivas únicas. Já a cosmovisão é a lente através da qual vemos e interpretamos o mundo e tudo que ele contém.
Agora, o propósito de vida, por outro lado, refere-se ao nosso senso de direção ou missão – o motivo pelo qual acreditamos que existimos, a contribuição que desejamos fazer para o mundo ou a meta principal que estamos buscando.
- Fonte de Propósito: Sua identidade pode servir como uma fonte de propósito em sua vida. Por exemplo, se parte de sua identidade é ser um cuidador, seu propósito pode ser encontrado no cuidado e suporte aos outros. Se você se identifica como um criativo, pode achar que seu propósito está em criar arte que emocione ou inspire as pessoas.
- Estrutura e Direção: Conhecer sua identidade pode fornecer uma estrutura e direção para o seu propósito de vida. Por exemplo, entender suas habilidades únicas, paixões e valores pode ajudá-lo a identificar as áreas em que você pode causar o maior impacto positivo.
- Congruência: Quando sua identidade está alinhada com seu propósito, há uma sensação de congruência e autenticidade. Você não só sabe quem é, mas também sente que está vivendo de acordo com essa verdade, em busca de metas que são significativas e relevantes para você.
No contexto cristão, a identidade em Cristo está intimamente relacionada com o propósito de vida.
Como cristão, sua identidade está fundamentada na crença de que você é amado, valorizado e resgatado por Deus. Isso pode inspirar um propósito de vida que inclui viver de acordo com os ensinamentos de Jesus, amar e servir aos outros, e trabalhar para o avanço do Reino de Deus.
O mundo exige uma identidade própria
O mundo contemporâneo, por sua vez, coloca uma grande pressão sobre nós para definirmos nossa identidade com base em fatores externos, como a aparência física, o status social, a profissão e o grau de sucesso que alcançamos.
A cultura popular nos bombardeia com mensagens que nos incentivam a buscar nosso valor e dignidade em realizações materiais e reconhecimento público.
Essa abordagem, porém, é intrinsecamente falha. Por quê?
Porque esses fatores são efêmeros e instáveis – eles podem mudar a qualquer momento. E quando baseamos nossa identidade em coisas incertas, nossa percepção de nós mesmos também se torna instável.
Há um problema fundamental em basear nossa identidade nos padrões mundanos. Essa perspectiva nos leva a buscar satisfação em coisas que, no final das contas, não podem nos preencher verdadeiramente.
É como diz em Jeremias 2:13:
“O meu povo cometeu dois crimes: Eles me abandonaram, a mim, a fonte de água viva, e cavaram as suas próprias cisternas, cisternas rachadas que não retêm água.”
Além disso, ao adotar uma identidade do mundo, ignoramos nossa verdadeira identidade em Cristo, o que nos priva de experimentar a plenitude e a alegria que advêm de viver segundo os propósitos de Deus para nossas vidas.
Como cristãos, somos chamados a encontrar nossa identidade em Cristo e não nas coisas ou pessoas deste mundo.
Mas afinal, em que consiste essa identidade? Como podemos buscá-la e vivê-la de maneira eficaz? Essas são algumas das questões que abordaremos neste artigo.
Acompanhe!
Versículos que Iluminam a nossa Identidade em Cristo
Compreender nossa Identidade em Cristo é essencial para nosso caminho espiritual. Isso nos ajuda a entender quem somos e a viver de acordo com nossa vocação como seguidores de Cristo.
A Bíblia nos oferece muitas passagens que iluminam essa verdade. Vejamos sete versículos-chave que nos falam sobre nossa Identidade em Cristo e como podemos aplicá-los em nossas vidas:
| Versículo | Interpretação | Aplicação |
|---|---|---|
| 1. 2 Coríntios 5:17 – “Portanto, se alguém está em Cristo, é nova criatura. As coisas antigas já passaram; eis que surgiram coisas novas!” | Paulo nos ensina que, através da nossa fé em Cristo, somos transformados. Não somos mais regidos por nossas vidas passadas, mas renascidos em Cristo. | Devemos viver como as novas criações que somos, deixando de lado nosso antigo eu e vivendo em Cristo. |
| 2. Gálatas 2:20 – “Fui crucificado com Cristo. Assim, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim. A vida que agora vivo no corpo, vivo-a pela fé no filho de Deus, que me amou e se entregou por mim.” | Paulo nos relembra que nossa antiga identidade foi crucificada com Cristo, e agora é Cristo que vive em nós. | Esta é uma chamada para vivermos pela fé em Jesus, permitindo que Ele viva através de nós. |
| 3. Romanos 8:1 – “Portanto, agora já não há condenação para os que estão em Cristo Jesus.” | Em Cristo, somos livres da condenação que o pecado traz. Fomos perdoados e liberados do julgamento. | Devemos viver em liberdade, sem a culpa e a vergonha que o pecado nos traz. |
| 4. Efésios 2:10 – “Pois somos criação de Deus realizada em Cristo Jesus para fazer boas obras, as quais Deus preparou antes para nós as praticarmos.” | Somos obras de arte de Deus, criadas para fazer boas obras que Ele preparou para nós. | Isso nos inspira a buscar e fazer as boas obras que Deus planejou para nós. |
| 5. 1 Pedro 2:9 – “Mas vocês são geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo exclusivo de Deus, para anunciar as grandezas daquele que os chamou das trevas para a sua maravilhosa luz.” | Pedro nos chama de “geração eleita, sacerdócio real, nação santa”, enfatizando nossa santidade e propósito em Cristo. | Essa identidade deve motivar-nos a viver de maneira digna e a compartilhar a luz de Cristo com os outros. |
| 6. 1 João 3:1 – “Vejam que grande amor nos tem concedido o Pai, que sejamos chamados filhos de Deus! E o somos!…” | João enfatiza que somos, de fato, filhos de Deus por meio de Seu amor. Isso não é apenas uma figura de linguagem, mas uma realidade espiritual. | Devemos aceitar o amor de Deus e nos alegrar em nossa posição como filhos Dele. Isso deve influenciar a forma como vivemos, lembrando-nos de quem somos e de quem somos chamados a ser. |
| 7. Filipenses 3:20 – “Mas a nossa cidadania está nos céus, de onde também esperamos ansiosamente um Salvador, o Senhor Jesus Cristo.” | Paulo lembra aos Filipenses (e a nós) que nossa cidadania não é deste mundo, mas dos céus. Isto é, nossa verdadeira identidade está em Cristo e em nossa futura residência com Ele. | Isso nos encoraja a ter uma perspectiva eterna na vida, lembrando-nos de que nossa verdadeira casa e identidade estão com Cristo nos céus. |
Ao considerarmos esses versículos e seu significado, somos lembrados da maravilha de nossa Identidade em Cristo. Cada versículo reforça a ideia de que não somos definidos pelo mundo ao nosso redor, mas pela nossa fé em Jesus e nosso lugar na família de Deus.
Como cristãos, devemos nos esforçar para viver de acordo com essa identidade, permitindo que a verdade de quem somos em Cristo informe nossas ações, nossas palavras e nossos pensamentos.
Que esses versículos sejam um lembrete constante de nossa posição única e privilegiada como filhos de Deus.
Olhando para Jesus e sermos aperfeiçoados conforme sua imagem
Ao abordar a questão de “por que é importante olharmos para a identidade de Cristo para sermos aperfeiçoados conforme a sua imagem”, precisamos primeiro entender o contexto de Romanos 8:29. Este versículo afirma:
Pois aqueles que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos.
Essa passagem, já citada anteriormente, descreve um aspecto fundamental da jornada cristã – a transformação progressiva para se tornar mais como Cristo em caráter e atitude.
Nossa identidade em Cristo não é apenas um rótulo ou uma posição teológica; é o motor que alimenta a nossa transformação contínua para nos tornarmos mais como Jesus.
Agora vamos discutir os motivos:
- Imagem Perfeita de Deus: Jesus é a imagem perfeita de Deus (Colossenses 1:15). Ao olharmos para Jesus, vemos a natureza e o caráter de Deus de maneira clara e acessível. Como cristãos, somos chamados a refletir essa natureza e caráter em nossas próprias vidas, afinal, em Gênesis 1:26, “disse Deus: “Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança.”
- Modelo de Santidade: Cristo é o nosso modelo de santidade e retidão. Sua vida na Terra oferece um padrão para nosso próprio comportamento e atitudes (1 Pedro 2:21). Quanto mais nos alinhamos com a identidade de Cristo, mais nos aproximamos desse padrão.
- Fonte de Poder e Vida: A identidade de Cristo é fundamental para nossa própria identidade. Como Paulo escreveu em Gálatas 2:20, “Já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim”. Quando abraçamos nossa identidade em Cristo, nos tornamos partícipes do seu poder e vida.
- Destino Final: Romanos 8:29 também faz referência à nossa predestinação para sermos “conformes à imagem de seu Filho”. Isso sugere que o objetivo final de nossa jornada cristã é sermos totalmente transformados à semelhança de Cristo.
Assim, olhar para a identidade de Cristo é essencial para nosso crescimento e transformação espiritual.
Aperfeiçoar-se conforme a imagem de Cristo é o propósito e a promessa de Deus para todos os cristãos – uma promessa que nos dá esperança, direção e um senso de propósito em nossa caminhada com Deus.
Desta forma, podemos olhar os componentes da identidade e relacioná-las a Cristo.
Identidade em Cristo: características físicas
Ao refletir sobre as características físicas de Jesus, devemos reconhecer que a Bíblia não nos oferece uma descrição detalhada de Sua aparência. No entanto, a essência da identidade de Jesus não se encontra em Suas características físicas, mas em Sua natureza divina e em Sua missão redentora.
Os relatos do Novo Testamento focam na missão, ensinamentos, atos de amor e sacrifício de Jesus. Os evangelhos estão mais interessados em quem Jesus é como o Filho de Deus, o Messias prometido, do que em sua aparência física.
Portanto, não devemos considerar aspectos de aparência física para construção da nossa identidade em Cristo. Não precisamos mudar nosso aspecto físico natural para sermos semelhantes a Cristo.
Entretanto, a profundidade deste tema pode ser melhor analisado abaixo:
- Humanidade de Jesus: Jesus, como Filho de Deus, encarnou-se na forma humana (João 1:14). Ele nasceu de uma mulher, Maria, viveu uma vida humana, experimentou fome, cansaço, dor e emoções, e finalmente, a morte. Sua aparência física era, sem dúvida, de um homem típico do Oriente Médio daquela época que fisicamente sentiu o tudo o que todos nós sentimos.
- Aparência Comum: Em Isaías 53:2, lemos: “Ele não tinha qualquer beleza ou majestade que nos atraísse, nada em sua aparência para que o desejássemos.” Este verso sugere que Jesus possuía uma aparência comum, sem as características físicas atraentes que frequentemente associamos à divindade ou à realeza.
- Identificação com a Humanidade: A decisão de Jesus de encarnar como um ser humano comum demonstra sua profunda identificação com a humanidade. Ele optou por viver entre nós, compartilhar de nossas experiências e, finalmente, morrer uma morte humana na cruz.
A aparência física de Jesus, portanto, é parte de sua identidade apenas na medida em que reflete sua encarnação e identificação com a humanidade. A verdadeira identidade de Jesus, no entanto, reside em Sua natureza divina, em Seu amor incondicional pela humanidade e em Sua missão redentora de salvar a humanidade do pecado e da morte.
Identidade em Cristo: personalidade
Em qualquer discussão sobre a identidade, é crucial olhar para Jesus Cristo como nosso exemplo supremo.
Sua personalidade era a expressão perfeita de quem Ele é – o Filho de Deus, Salvador do mundo, e o Messias prometido. Ao explorar as características de personalidade de Jesus, encontramos traços que deveriam definir nossa própria identidade em Cristo.
Compaixão: Uma das características de personalidade mais notáveis de Jesus é sua profunda compaixão. Nos Evangelhos, vemos repetidamente Jesus se movendo com compaixão para curar os doentes, alimentar os famintos e ensinar os perdidos. Ele mostrou um amor incondicional que se estendia a todas as pessoas, independentemente de sua situação ou status. (Mateus 9:36)
Humildade: Jesus também exemplificou a humildade. Embora fosse o Filho de Deus, ele não buscava prestígio ou poder. Em vez disso, ele veio para servir, não para ser servido. Ele se humilhou, vivendo uma vida simples e, finalmente, dando sua vida na cruz. (Filipenses 2:5-8)
Integridade: Jesus vivia com total integridade. Ele era autêntico e verdadeiro em todas as suas ações e palavras. Ele viveu uma vida sem pecado e sempre se manteve fiel à vontade de seu Pai, mesmo em face de tentações e sofrimentos extremos. (Hebreus 4:15)
Amor: Acima de tudo, o amor permeava todas as ações de Jesus. Ele amava Deus, amava as pessoas e amava a justiça. Seu amor era tão profundo que ele se dispôs a morrer na cruz por nós, para que pudéssemos ter a vida eterna. (João 3:16)
A personalidade de Jesus é a expressão perfeita de sua identidade divina e humana.
O Novo Testamento aponta para uma conjunto amplo de elementos que compõe a personalidade de Jesus, que será debatido em outros materiais a serem publicados aqui no Jesus Diário.
O fato, é que à medida que buscamos nossa identidade em Cristo, somos chamados a refletir essas mesmas características de personalidade em nossa própria vida.
Identidade em Cristo: crenças
Como sempre, as conversas sobre identidade e crenças requerem uma abordagem cuidadosa, especialmente quando se fala de Jesus, uma figura central para o cristianismo e com significado para várias outras tradições religiosas.
Neste contexto, estamos analisando a identidade de Jesus Cristo conforme retratada nas Escrituras do Novo Testamento e interpretada pela teologia cristã tradicional.
A identidade de Jesus é profundamente marcada por suas crenças, que eram, em última análise, a expressão de sua relação íntima e singular com Deus, o Pai.
Primeiro, Jesus acreditava e proclamava abertamente que ele era o Filho de Deus. Esta crença está explicitada em várias passagens bíblicas, como em Mateus 16:15-17, quando Jesus pergunta aos discípulos quem eles acham que ele é, e Pedro responde: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo.” Esta autocompreensão e autodeclaração formam o núcleo de sua identidade e missão.
Segundo, Jesus tinha uma forte crença em sua missão divina. Ele viu a si mesmo como o Messias, o enviado de Deus para redimir a humanidade do pecado e restaurar o relacionamento quebrado entre Deus e as pessoas. Esta crença é expressa em Lucas 4:18-19, onde Jesus lê uma passagem do livro do profeta Isaías na sinagoga e declara que a profecia foi cumprida nele.
Terceiro, Jesus acreditava na importância do amor. O amor a Deus e ao próximo são temas centrais de seus ensinamentos, como se vê em Mateus 22:37-40. Jesus afirma que o maior mandamento é amar a Deus de todo o coração, alma e mente, e que o segundo maior é amar o próximo como a si mesmo.
Finalmente, Jesus acreditava na ressurreição e na vida eterna, como expresso em suas próprias palavras em João 11:25: “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, mesmo que morra, viverá.”
Essas crenças moldaram a identidade de Jesus e foram cruciais para o seu ministério. Elas também têm implicações profundas para a identidade de nós cristãos, que somos chamados a seguir o exemplo e a compartilhar essas crenças de Jesus é Filho de Deus, o Messias que nos redimiu e restaurou nosso relacionamento perante Deus, no Amor Dele e como Aquele que ressuscitou e nos dará vida eterna.
Identidade em Cristo: valores
É inegável que a identidade de Jesus Cristo é complexa e multifacetada.
Ele é, ao mesmo tempo, totalmente Deus e totalmente humano, um mistério que a teologia cristã tem contemplado ao longo dos séculos.
No entanto, uma maneira útil de entender a identidade de Jesus é considerar seus valores.
Jesus viveu uma vida que era a expressão perfeita de valores divinos. Seus ensinamentos e ações consistentemente refletiam o amor, a justiça, a misericórdia, a humildade e a fidelidade de Deus.
Amor: O amor de Jesus é, talvez, o valor mais distintivo de sua identidade. Em João 15:13, Jesus disse: “Ninguém tem maior amor do que este, de dar alguém a sua vida pelos seus amigos.” Jesus viveu e morreu segundo este valor, mostrando amor não apenas por seus amigos, mas também por estranhos, pecadores e até mesmo por aqueles que o crucificaram.
Justiça: Jesus valorizava a justiça, mas não como os líderes religiosos de sua época a entendiam. Em vez de uma justiça legalista e punitiva, Jesus promovia uma justiça que era compassiva e restauradora. Ele desafiou a hipocrisia dos fariseus e defendeu os direitos dos marginalizados e oprimidos (Mateus 23:23) ou como quando disse Deixai Vir a Mim os Pequeninos.
Misericórdia: A misericórdia também era fundamental para a identidade de Jesus. Ele frequentemente mostrava compaixão por aqueles que sofriam e perdoava aqueles que se arrependiam de seus pecados (Lucas 7:47-48).
Humildade: A humildade de Jesus é evidenciada em seu nascimento humilde, sua vida simples e sua disposição para lavar os pés de seus discípulos (João 13:4-5). Ele rejeitou o poder e o status mundanos em favor do serviço humilde.
Fidelidade: Jesus permaneceu fiel à missão que Deus lhe deu, mesmo quando enfrentou tentações e sofrimentos extremos. Ele viveu, morreu e ressuscitou de acordo com a vontade de Deus, mostrando uma fidelidade que serve de exemplo para todos os cristãos.
Estes valores, que Jesus exemplificou em sua vida e ensinamentos, formam uma parte central de sua identidade e são a base para a identidade dos cristãos em Cristo. Para viver verdadeiramente como seguidores de Cristo, somos chamados a incorporar esses mesmos valores em nossas vidas.
Caso deseje comentar, tirar dúvidas ou apontar erros, comente aqui.
Identidade em Cristo: experiências pessoais
Jesus Cristo, a figura central do cristianismo, não foi apenas o filho de Deus, mas também uma pessoa que teve suas próprias experiências pessoais.
A vida de Jesus, tal como registrada nos Evangelhos, nos fornece uma visão única de como essas experiências pessoais moldaram Sua identidade e ministério.
Ao olharmos para as experiências de Jesus, vemos um indivíduo que foi plenamente humano, experimentando todas as facetas da condição humana. Desde Seu humilde nascimento em um estábulo, à Sua vida como um carpinteiro na pequena cidade de Nazaré, Jesus viveu uma vida profundamente imersa na experiência humana.
Jesus também experimentou uma gama de emoções e situações, desde a alegria de participar de festas de casamento até o sofrimento e a dor na cruz. A última ceia, a agonia no jardim de Getsêmani, a traição de Judas, a negação de Pedro, o julgamento injusto e a crucificação – todas essas foram experiências intensas e profundamente pessoais.
No entanto, em meio a todas essas experiências, Jesus manteve uma profunda consciência de Sua identidade. Ele sabia que era o Filho amado de Deus (Mateus 3:17), o Messias (Marcos 14:61-62), o Bom Pastor (João 10:11) e o Caminho, a Verdade e a Vida (João 14:6).
Essa consciência de Sua identidade não apenas guiou Suas ações e decisões, mas também Lhe deu força e determinação para enfrentar as provações e sofrimentos que encontrou.
Desta forma, as experiências pessoais de Jesus nos ensinam sobre a importância de nossa própria identidade Nele.
Assim como Jesus, nós também passamos por uma variedade de experiências e situações na vida, que nos moldam.
No entanto, é como entendemos e nos relacionamos com nossa identidade em Cristo que nos permite navegar nessas experiências de uma maneira que honra a Deus e reflete Sua graça e amor, sem nos desviar.
Identidade em Cristo: habilidades e talentos
Ao explorar a identidade de Jesus em relação ao componente de habilidades e talentos, é essencial voltar-se para as páginas das Escrituras.
Jesus, sendo o Filho de Deus, era dotado de habilidades e talentos divinos que transcendem as capacidades humanas. Essas habilidades eram reflexo de Sua natureza divina e eram utilizadas para cumprir a missão de Deus para a humanidade.
Por exemplo, Jesus possuía a habilidade de curar. Através de seu poder divino, Ele curou os doentes, fez os cegos verem e os surdos ouvirem, e até mesmo ressuscitou os mortos. Seu dom de cura não era apenas físico, mas também espiritual e emocional, oferecendo perdão e restauração para aqueles que estavam espiritualmente quebrados.
Entretanto, encontramos habilidades e talentos naturais e disponíveis ao homem.
Uma das principais habilidades de Jesus era a de ensino. Durante Seu ministério terrestre, Jesus foi um professor excepcionalmente talentoso.
Ele usava parábolas – histórias do dia a dia – para revelar verdades espirituais profundas. Seu método de ensino era tão eficaz que multidões inteiras se reuniam para ouvi-Lo. Como Mateus 7:29 diz, Jesus “ensinava como quem tem autoridade, e não como os mestres da lei.”
A habilidade de Jesus em liderança também é notável. Ele liderou Seus discípulos, instilando neles os princípios do Reino de Deus e preparando-os para continuar Sua obra após Sua ascensão.
Finalmente, mas certamente não menos importante, Jesus tinha empatia e do amor incondicional. Ele se relacionava com as pessoas em um nível profundamente pessoal, mostrando compaixão, compreensão e amor, independentemente de seu status social ou pecado.
Essas habilidades e talentos, aliados à sua total dependência e obediência ao Pai, formaram a identidade de Jesus e permitiram que Ele cumprisse o Seu propósito divino.
Assim, Ele nos serve como o exemplo perfeito de como utilizar nossas habilidades e talentos em alinhamento com nossa identidade em Cristo.
Identidade em Cristo: relacionamentos
Os relacionamentos foram uma parte vital da identidade de Jesus, moldando Sua missão e ministério na terra. Seu relacionamento com Deus, Seu Pai, foi o centro de Sua identidade.
Nos Evangelhos, Jesus é repetidamente citado se referindo a Deus como Seu Pai, enfatizando uma relação de proximidade, amor e obediência.
“Porque eu desci do céu, não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou.” (João 6:38).
Essa conexão íntima com o Pai é um exemplo poderoso para todos nós, demonstrando a importância de colocar Deus no centro de nossos relacionamentos.
A relação de Jesus com seus discípulos também reflete aspectos importantes de Sua identidade.
Jesus escolheu doze discípulos com quem compartilhou Seus ensinamentos mais profundos e experiências mais intensas. Ele os chamou de amigos (João 15:15), demonstrando uma relação de proximidade e reciprocidade.
Os relacionamentos de Jesus com Seus discípulos mostram Seu caráter servil, Sua paciência, Seu amor incondicional e Sua dedicação ao discipulado.
Além disso, Jesus também se relacionou com pessoas de todas as esferas da vida – ricos, pobres, saudáveis, doentes, pecadores, justos. Ele demonstrou amor, compaixão e graça para com todos, independentemente de seu status ou situação.
Um exemplo notável é a história do bom samaritano (Lucas 10:25-37), que ilustra como Jesus valorizava a humanidade e a dignidade de todos.
Ao considerar a identidade de Jesus em relação aos relacionamentos, somos desafiados a refletir sobre como nossos próprios relacionamentos refletem nossa identidade em Cristo.
Assim como Jesus, somos chamados a amar Deus acima de tudo e a amar nosso próximo como a nós mesmos (Mateus 22:37-39).
Identidade em Cristo: interesses e paixões
Ao longo dos Evangelhos, fica evidente que Jesus tinha uma paixão intensa por cumprir a vontade de Deus, o Pai.
Como Ele mesmo afirmou em João 4:34:
Disse Jesus: “A minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou e concluir a sua obra.
Essa paixão era tão profunda que superava necessidades físicas básicas, como a fome.
Jesus também expressou grande interesse e compaixão pelas pessoas. Ele se importava profundamente com o bem-estar físico, emocional e espiritual das pessoas, como fica claro no capítulo 9 inteiro de Mateus.
Além disso, Jesus tinha uma paixão ardente pela justiça e verdade. Ele desafiou o legalismo religioso vazio e as tradições humanas que obscureciam a verdadeira essência da lei de Deus (Mateus 23).
Jesus buscava a verdadeira adoração a Deus e a prática da justiça que emerge do coração, não apenas das ações externas.
Ainda, notamos o interesse de Jesus no arrependimento, como já detalhamos no artigo Arrependei-vos.
Há também várias passagens onde Jesus chama as pessoas ao arrependimento. Por exemplo, em Mateus 4:17, é dito: “Desde então começou Jesus a pregar, e a dizer: Arrependei-vos, porque é chegado o reino dos céus”. Esses versículos, juntamente com muitos outros, reforçam a importância do arrependimento no cristianismo e o papel que desempenha na obtenção do perdão dos pecados e na salvação.
Por fim, mas certamente não menos importante, Jesus tinha um profundo amor por Deus, o Pai.
Sua vida foi um testemunho de obediência filial e amor abnegado, expressos de maneira suprema na cruz. Como Ele declarou em João 14:31:
“Todavia para que o mundo saiba que amo o Pai e que faço o que meu Pai me ordenou”.
A identidade de Jesus, portanto, é uma reflexão de seus interesses e paixões.
Ele foi movido por um amor abnegado pelo Pai e pelas pessoas, um desejo de fazer a vontade de Deus e uma paixão pela justiça e verdade. Esses elementos são centrais na Sua identidade e exemplificam o padrão de vida ao qual todos os cristãos são chamados a seguir.
Identidade em Cristo: cultura e herança
A identidade de Jesus, em relação à cultura e à herança, é fundamental para a compreensão da sua missão e ministério.
Ele nasceu numa família judaica na Galileia, uma região historicamente rica em diversidade cultural e religiosa. Sua herança cultural judaica é um elemento chave para entender seu ensino, sua abordagem à lei religiosa e a maneira como ele interagia com as pessoas ao seu redor.
Jesus e a Cultura Judaica
Jesus foi profundamente influenciado pela cultura judaica. Ele participava de festas judaicas, como a Páscoa e a Festa dos Tabernáculos, e ele falava usando parábolas, uma forma de história comum na tradição judaica. Muitas de suas práticas, como orar e jejuar, refletiam as práticas judaicas comuns de sua época.
Ele também era fluente nas Escrituras hebraicas (o Antigo Testamento), como evidenciado por suas frequentes citações e referências a elas. No Evangelho de Lucas (4:16-21), por exemplo, Jesus lê uma passagem do livro de Isaías na sinagoga e afirma que ele mesmo é o cumprimento dessa profecia.
Jesus e a Herança Judaica
Jesus também reconheceu e afirmou sua herança judaica. Ele se identificou como um descendente de Abraão (João 8:58) e como o Filho de Davi, que os profetas do Antigo Testamento previam que seria o Messias (Mateus 22:42).
A identidade de Jesus não pode ser completamente compreendida sem levar em conta sua cultura e herança. Eles influenciaram profundamente seu ministério e ensino.
Ao mesmo tempo, Jesus transcendeu as expectativas culturais e religiosas de seu tempo, proclamando um Reino de Deus que era inclusivo e disponível para todos, não apenas para os judeus.
Sua identidade como o Messias prometido, o Filho de Deus, deu a ele uma missão e um propósito que ultrapassou as fronteiras culturais e étnicas.
Identidade em Cristo: visão de mundo
A visão de mundo de Jesus é fundamental para compreender sua identidade.
Através do estudo das Escrituras, notamos que Jesus possuía uma cosmovisão profundamente enraizada em seu relacionamento com Deus Pai e no propósito salvífico de sua missão.
Primeiramente, devemos entender que Jesus, sendo Deus feito carne, possui uma visão de mundo inigualável, uma perspectiva divina. Ele não apenas entende completamente a realidade do mundo natural e espiritual, mas Ele também tem autoridade sobre ela. “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus” (João 1:1).
Jesus reconhecia e proclamava sua identidade divina e missão redentora. João 14:6, Jesus diz:
“Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim”.
Este é um componente fundamental de sua visão de mundo – a verdade de sua divindade e o papel exclusivo que ele desempenha na salvação da humanidade. Inclusive, esta passagem por tema de estudo por aqui: Eu Sou o Caminho a Verdade e a Vida: Estudo e Significado.
Além disso, a visão de mundo de Jesus estava centrada em amor e serviço. Ele veio para servir e não ser servido (Marcos 10:45), ensinando-nos que o maior mandamento é amar a Deus e ao próximo (Marcos 12:30-31).
Sua cosmovisão era governada pelo amor sacrificial, que culminou na cruz.
Já a visão humana de Jesus é caracterizada por compaixão, amor e entendimento. Ele olha para a humanidade e vê as profundezas de nossas necessidades – físicas, emocionais e espirituais.
Este aspecto é claramente evidente na passagem de Mateus 9:36, onde se lê: “Vendo as multidões, teve compaixão delas, porque estavam aflitas e desamparadas, como ovelhas sem pastor”.
Jesus percebe a condição espiritual do povo, vê a sede que eles têm de Deus e a ausência de orientação espiritual verdadeira.
Ele compreende a angústia que resulta disso e, por isso, sente profunda compaixão. Isso o leva a agir, a oferecer a si mesmo como o pastor que eles precisam, aquele que pode satisfazer a sede espiritual que sentem.
A visão de mundo de Jesus também reconhece a injustiça, a opressão e a dor que são tão prevalentes em nossa realidade. Ele não desvia o olhar das duras realidades da vida, mas, em vez disso, entra nelas com o objetivo de trazer cura, liberdade e esperança.
Ele proclama em Lucas 4:18:19:
“O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me ungiu para pregar boas novas aos pobres. Ele me enviou para proclamar liberdade aos presos e recuperação da vista aos cegos, para libertar os oprimidos e proclamar o ano da graça do Senhor.”
Em sua visão de mundo, Jesus não ignora a dor e o sofrimento do mundo real. Em vez disso, Ele se envolve com eles de maneira compassiva e transformadora.
Ele nos chama para fazer o mesmo – para permitir que nossa identidade em Cristo informe nossa visão de mundo e nos inspire a agir com compaixão, amor e justiça.
Portanto, a visão de mundo de Jesus, como parte de sua identidade, é singularmente centrada em Deus e na missão de redenção da humanidade.
Ele via o mundo através da lente do amor divino e da necessidade da humanidade de reconciliação com Deus.
A identidade de Jesus está, então, intrinsecamente ligada à Sua visão de mundo, oferecendo-nos um modelo de como nossa própria identidade pode e deve moldar nossa visão de mundo.
Como Encontrar Nossa Identidade em Cristo
Compreender a nossa Identidade em Cristo é uma jornada íntima e espiritual.
São várias as formas através das quais podemos encontrar essa identidade.
Em primeiro lugar, devemos negar a nós mesmos, exceto se queira sofrer de múltiplas personalidades. A identidade em Cristo não cria raízes na identidade humana, egoísta e pecaminosa como a nossa, como Jesus mesmos alertou em Lucas 9:23-24:
“Jesus dizia a todos: “Se alguém quiser acompanhar-me, negue-se a si mesmo, tome diariamente a sua cruz e siga-me. Pois quem quiser salvar a sua vida a perderá; mas quem perder a vida por minha causa, este a salvará.”
Se você não estiver disposto ou disposta a acompanhar Jesus, pare por aqui.
Em segundo lugar, encontramos nossa identidade em Cristo através do estudo da Palavra de Deus. Como afirmou o teólogo e escritor cristão John Stott em sua obra “O Discípulo Radical”:
“A Bíblia é o espelho que nos permite ver não apenas o que somos, mas o que podemos nos tornar”.
O estudo diligente e reflexivo da Bíblia é fundamental para entendermos quem somos em Cristo, como fazemos aqui no Jesus Diário.
Afina, quando lemos a Bíblia e a sua compreensão, somos expostos à verdade divina e à maneira como Deus vê a humanidade. É aqui que começamos a compreender nossa verdadeira identidade.
Neste contexto, alguns versículos nos ajudam a entender melhor esta questão. Por exemplo, em 2 Timóteo 3:16-17, somos lembrados de que:
“Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a instrução em justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra”.
Em terceiro lugar, a nossa identidade em Cristo é construída através dos seus mandamentos.
Nos estudos que publicamos aqui no Jesus Diário, sempre trazemos o tópico Aplicação para nossa Identidade em Cristo. Este tópico busca apresentar os mandamentos de Jesus no seu Evangelho, como por exemplo o estudo Tudo Posso Naquele Que Me Fortalece: Resiliência em Cristo:
| Mandamento de Deus | Aplicação no dia-a-dia |
|---|---|
| Confiar em Deus em todas as circunstâncias | Diariamente, somos confrontados com situações que testam nossa fé e resistência. Nesses momentos, devemos nos lembrar e aplicar Filipenses 4:13, reconhecendo que nossa força vem de Deus e que podemos superar todas as adversidades através da Sua força. Esta dependência de Deus deve ser parte integrante de nossa vida diária, sendo um aspecto essencial de nossa caminhada de fé e identidade em Cristo. |
Encontrar os mandamentos de Jesus no Evangelho é peça fundamental para moldar diversos componentes da nossa personalidade.
Em quarto lugar, a nossa identidade em Cristo é também encontrada e vivenciada através da vivência em comunhão com outros cristãos.
O teólogo Dietrich Bonhoeffer, em “Vida em Comunhão”, explicou que “a comunidade cristã é um fator crucial para o crescimento espiritual de um cristão”. Quando nos engajamos em comunidade com outros seguidores de Cristo, somos capazes de encorajar uns aos outros, desafiar uns aos outros e aprender uns com os outros.
Assim, crescemos em nossa compreensão de quem somos em Cristo. No livro de Hebreus 10:24-25, somos incentivados a:
“E consideremo-nos uns aos outros para incentivar-nos ao amor e às boas obras. Não deixemos de reunir-nos como igreja, segundo o costume de alguns, mas encorajemo-nos uns aos outros, ainda mais quando vocês vêem que se aproxima o Dia.”
Por fim, encontramos nossa identidade em Cristo através da oração e da intimidade com Deus.
Assim como um relacionamento humano se aprofunda com a comunicação, o mesmo acontece com nosso relacionamento com Deus. A oração não é apenas uma oportunidade para pedirmos a Deus, mas também um meio de nos alinharmos com Sua vontade.
Através da oração, permitimos que Deus fale conosco, e isso fortalece nosso entendimento de quem somos em Cristo.
Em Filipenses 4:6, o apóstolo Paulo nos exorta a “não andar ansiosos por coisa alguma, mas em tudo, pela oração e súplicas, e com ação de graças, apresentem seus pedidos a Deus”.
Portanto, ao nos engajarmos em todas essas práticas – estudo da Palavra de Deus, comunidade cristã e oração – estamos trilhando o caminho para descobrir e afirmar nossa Identidade em Cristo.
Conclusão
Por fim, chegamos ao término de nossa exploração sobre a importância da Identidade em Cristo. Revisitamos diversos tópicos cruciais e encontramos uma riqueza de sabedoria na palavra de Deus sobre este assunto.
A importância contínua de conhecer e viver nossa Identidade em Cristo não pode ser exagerada. É fundamental não apenas para nossa vida espiritual, mas também para nossa saúde mental, relações interpessoais e para o cumprimento do nosso propósito divino.
Por isso, encorajo a todos a se aprofundarem no estudo e na vivência dessa identidade.
Que cada um de nós possa dizer, como Paulo disse em Gálatas 2:20:
“Já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim”.
Que essa verdade seja a âncora de nossas almas e a luz em nosso caminho.
Porque, no final das contas, a nossa verdadeira identidade está em Cristo, nosso Salvador e Senhor.
Caso deseje comentar, tirar dúvidas ou apontar erros, comente aqui.
E por fim, a jornada para entender e viver a sua Identidade em Cristo é uma jornada de transformação, de crescimento e, acima de tudo, de amor. Portanto, não pare aqui. Continue buscando, continue aprendendo e continue crescendo na graça e no conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo.
Deus abençoe a sua jornada, conte conosco.
